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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

HOSPITAL ESTADUAL DO ES INAUGURADO


Esta é a maior unidade hospitalar pública do Estado do Espírito Santo, com 424 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Serão repassados R$ 54 milhões/ ano para o custeio de procedimentos
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou, no sábado (23), da inauguração do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, no município de Serra, a 42 quilômetros de Vitória, capital do Espírito Santo (ES). A solenidade contou com a presença do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande e do prefeito de Serra, Audifax Barcelos. O hospital é considerado a maior unidade hospitalar pública do Estado e contará com 424 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) distribuídos no ambulatório, Hospital Dia, pronto-socorro, maternidade de alto risco e no Centro de Tratamento de Queimados. Do total de leitos, 80 vão atender os pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A estimativa é que cerca de 2,3 milhões de pessoas - em todo o Estado - serão beneficiadas com este hospital.
O Ministério da Saúde repassará cerca de R$ 58 milhões por ano para pagamento de procedimentos ambulatoriais e internações. Nos 32,8 mil metros quadrados de área construída - distribuídos em sete módulos - há oito salas no centro cirúrgico (sendo quatro do centro obstetrício) e um pronto-socorro com capacidade para realizar 10 mil atendimentos por mês. O hospital também contará com um heliporto para receber os pacientes mais graves.
Durante a inauguração, o ministro disse estar muito feliz de ver um hospital  com toda essa estrutura e com o que há de mais moderno. “Mas, o mais importante em um serviço de saúde são os seus profissionais. Cada médico, enfermeiro, psicólogo, profissional de saúde que entrar aqui deve ter consciência da responsabilidade que tem para honrar  a instituição e o serviços que serão ofertados à população”, completa.

Como a unidade de Serra será referência no atendimento de urgência e emergência, no tratamento de queimados e em maternidade de alto risco, vai integrar dois importantes programas do Ministério da Saúde. Um deles é a Rede Cegonha, que visa assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo bem como atenção humanizada durante a gravidez, o parto e após o nascimento do bebê.
E o outro é a Rede de Atenção às Urgências, que prevê a ampliação e a qualificação do acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência nos serviços de saúde, de forma ágil. “Esse hospital contribuirá de forma significativa para levar à população capixaba um atendimento mais qualificado e humanizado”, adiantou o ministro Alexandre Padilha.
O governo estadual investiu R$ 152 milhões na construção do hospital, que estará em pleno funcionamento até novembro deste ano. Outros R$ 5 milhões estão sendo aplicados na aquisição de equipamentos.
O prédio do hospital foi construído dentro dos padrões ecológicos. Haverá energia solar para aquecimento de água, aproveitamento de águas pluviais para irrigação, uso em bacias sanitárias e para lavagem de piso. O sistema energético será do tipo misto, com utilização de gás natural e energia elétrica, o que representará melhor eficiência e baixo custo.

Fonte: portalsaude.saude.gov.br

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

REDE DE ATENÇÃO A PESSOAS COM DCNT


Para estimular hábitos mais saudáveis e dar assistência qualificada às pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), o Ministério da Saúde instituiu a Rede de Atenção à Saúde para esses usuários no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A rede vai fortalecer o cuidado integral aos brasileiros e humanizar o atendimento, ampliando as estratégias de promoção da saúde e de prevenção com reforço às ações de diagnóstico, tratamento, reabilitação e redução de danos.
“A portaria representa um avanço no combate ao desenvolvimento de doenças crônicas, assegurando ao brasileiro atendimento qualificado e articulado entre todas as unidades de atenção à saúde”, destaca a coordenadora-geral de Áreas Técnicas do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Patricia Chueiri.
A rede vai funcionar com linhas de cuidados específicas voltadas à prevenção e tratamento das DCNT, principalmente o Diabetes, a Hipertensão Arterial, alguns tipos de cânceres, além de combater o excesso de peso e a obesidade, incluindo o tratamento cirúrgico para a obesidade grave. Os critérios para a implantação dessas linhas de cuidados serão definidos pelo Ministério da Saúde, em normativas específicas.
A porta de entrada prioritária da Rede será a Unidade Básica de Saúde (UBS), que vai acolher o usuário com uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. Em caso de um usuário com diabetes e sobrepeso que apresente sua glicemia controlada, por exemplo, ele poderá pegar os medicamentos na UBS e ser encaminhado a um pólo de Academia de Saúde para realizar atividades físicas. Se esse mesmo usuário apresentar complicações do diabetes, como nefropatia (lesão ou doença no rim), ele deverá ser encaminhado a um serviço especializado. A equipe de atenção básica fará o acompanhamento contínuo do usuário.
O Ministério da Saúde também vai promover parcerias para que um município possa prestar serviços aos usuários de outra cidade, completando a rede de atenção à saúde de pessoas com doenças crônicas.
A obesidade é um forte fator de risco para saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. Pessoas obesas também têm mais chance de sofrer com doenças cardiovasculares, principalmente isquêmicas (infarto, trombose, embolia e arteriosclerose), além de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono, alguns tipos de câncer, esteatose hepática (gordura no fígado) e distúrbios psicológicos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças crônicas constituem um dos grandes desafios de saúde pública. No Brasil, 72% das causas de mortes e 60% de todo o ônus decorrem dessas doenças. No ano 2020, as DCNT serão responsáveis por 80% da carga de doença nos países em desenvolvimento. Atualmente, apenas 20% da população nesses países realizam o tratamento prescrito.
Vigilância– A última pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2011 pelo Ministério da Saúde, mostra que o excesso de peso e a obesidade têm crescido no País.De acordo com o estudo, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
Para frear a obesidade e o sedentarismo, que são fatores de risco importantes para doenças crônicas, e promover hábitos de vida mais saudáveis, o Ministério da Saúde prevê uma série de iniciativas no Plano de Ação para Enfrentamento das DCNT através de parcerias com o setor privado e outras pastas do governo. Lançado em agosto de 2011, o plano tem por meta reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura causada por DCNT até 2022.
O Programa Academia da Saúde é a principal estratégia para induzir o aumento da prática da atividade física na população. A iniciativa prevê a implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para a orientação de práticas corporais, atividades físicas e lazer. Atualmente, há mais de 2,6 mil polos habilitados para a construção em todo o país e outros 155 projetos pré-existentes que foram adaptados e custeados pelo Ministério da saúde.
Para melhorar a dieta dos brasileiros e qualidade de vida, o Ministério da Saúde firmou um acordo com a indústria alimentícia que prevê a redução gradual do teor de sódio em 16 categorias de alimentos. A previsão é de que, até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas com o teor deste alimento. Se o consumo de sódio for reduzido para a recomendação diária da OMS (menos de cinco gramas por pessoa diariamente), os óbitos por AVC podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.

Fonte: portalsaude.saude.gov.br