Começou neste sábado (16), em todo o Brasil, a campanha de vacinação contra a paralisia infantil. Cerca de 115 mil postos estarão abertos, das 8 horas às 17 horas, para atender as crianças menores de cinco anos.
A campanha de vacinação contra a poliomielite começou hoje (16) com a
realização, em todo o país, do Dia D de Mobilização. Das 14,1 milhões
de crianças com menos de cinco anos, a meta é vacinar 95%, o que
corresponde a 13,4 milhões. O Ministério da Saúde repassou 21,2 milhões
de doses da vacina para todas as secretarias estaduais do Brasil. Para o
Espírito Santo foram repassadas 375.400 doses para atender a população
alvo que é de 250.250 crianças. A campanha começa neste sábado e
termina no dia 06 de julho.
No “Dia D” de mobilização nacional, em todo o país, 115 mil postos de
vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) estarão preparados para
atender, das 8 horas às 17 horas, pais ou responsáveis que levarem
crianças menores de cinco anos para tomar as duas gotinhas da vacina
contra a pólio. Além das unidades permanentes, shopping centers,
rodoviárias, escolas, entre outros locais, vão receber postos móveis de
vacinação. Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na campanha, com
a utilização de 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e
fluviais.
ETAPA ÚNICA- Até 2011, o país realizou duas etapas da
campanha, em junho e agosto, com a vacina oral. Esta estratégia
apresentou excelentes resultados ao longo dos anos, alcançando as metas
estabelecidas para cada etapa. No ano passado, a cobertura na primeira
etapa chegou a 100%. Já na segunda etapa, a coberta vacinal foi de 99%.
Em 2012, ao contrário dos anos anteriores, a campanha acontecerá em
etapa única. A partir de agosto, além das gotinhas disponibilizadas nas
campanhas anuais de vacinação, as crianças que estão começando o esquema
vacinal, ou seja, nunca foram vacinadascontra a paralisia infantil,
irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses,
com a vacina inativada poliomielite, de forma injetável. Já a terceira
dose (aos seis meses), e um reforço (aos 15 meses) continuam com a
vacina oral.
Antes, a criança tomava duas gotinhas aos dois meses, aos quatro meses,
aos seis meses e aos 15 meses de idade, além das doses durante as
campanhas nacionais de vacinação.
A introdução da Vacina Inativada Poliomielite (VIP), com vírus
inativado, vem ocorrendo em países que já eliminaram a doença. A
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no entanto, recomenda que os
países das Américas continuem utilizando a vacina oral, com vírus
atenuado, até a erradicação mundial da poliomielite, o que garante uma
proteção de grupo.
A vacina contra a pólio é segura. Ela se destina as crianças menores de
cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou
diarréia.
O Ministério da Saúde está investindo R$ 37,2 milhões em repasses do
Fundo Nacional de Saúde para os estados e municípios. Além deste valor, o
Ministério da Saúde também destinou R$ 16,7 milhões para a aquisição
das vacinas.
A DOENÇA- A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma
doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente
crianças de até cinco anos. É caracterizada por quadro de paralisia
flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua
transmissão ocorre pelo Poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado
pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da
pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da
concentração de muitas crianças em um mesmo local favorecem a
transmissão.
O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o
desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar
de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de
incubação.
A transmissão da doença ocorre por via oral, sendo que o poliovírus
pode estar presente nas fezes e gotículas expelidas durante a fala,
tosse ou espirro da pessoa contaminada favorecendo a contaminação das
pessoas não vacinadas. A doença pode causar danos irreversíveis,
dependendo da gravidade pode evoluir para óbito.
O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em
1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado
de eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus no Brasil,
neste ano, 16 países registraram casos de paralisia infantil e em três
deles a doença é endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Por isso,
para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a
manutenção da vacinação.
A aplicação das gotinhas tem como objetivo manter o Brasil na condição
de país certificado internacionalmente para a erradicação da
poliomielite, estabelecendo proteção coletiva com a vacinação de todas
as crianças menores de cinco anos no mesmo período. Esta estratégia
também permite a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente,
ajudando a criar a imunidade de grupo. É importante ressaltar que não
existe tratamento para a pólio, apenas a prevenção por meio da vacina.
Fonte: portaldasaude.gov.br
Att,
Diego Rangel Sobral - Presidente da LICAPS
A Liga Capixaba de Saúde Coletiva (LiCapS), pretende ser uma entidade com caráter multidisciplinar, com o objetivo de promover pesquisas e incentivo de ensino extracurricular através de debates, palestras, seminários e atividades práticas. A criação desta Liga visa realizar atividades teóricas e práticas extra-curriculares, que permitam ao aluno conhecer a realidade da comunidade e ampliar seu conhecimento para uma melhor e mais completa formação profissional.
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sábado, 16 de junho de 2012
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