Na próxima segunda-feira (28), é celebrado o Dia Mundial de
Luta contra as Hepatites Virais e é importante lembrar sobre a importância da
vacinação e incentivar a procura por testes de detecção da doença. No ano
passado, foram confirmados 605 casos de hepatite B, 283 do tipo C e 42 do tipo
A no Espírito Santo. Neste ano, até agora, há confirmação de 10 casos de
hepatite A, de 186 do tipo B e 81 de hepatite C. A prevenção é a melhor forma
de controle da doença. Especialistas ressaltam que os casos mais graves podem
evoluir para cirrose hepática e câncer do fígado.
No Brasil, estima-se que 30 milhões de pessoas já entraram
em contato com o vírus da hepatite B e que 2 milhões de pessoas apresentam
infecção crônica por este vírus. A imunização contra a hepatite B faz parte do
calendário de rotina na rede pública e é ofertada à população em geral, até 49
anos.
No esforço para prevenir e controlar as hepatites virais, o
Ministério da Saúde incluiu, neste mês, a vacina contra a hepatite A no
calendário de vacinação infantil, para a faixa etária de um ano a menores de
dois anos de idade. Desde o último dia 14, crianças a partir de um ano até
menores de dois anos começaram a ser imunizadas contra a hepatite A. No
Espírito Santo, a estimativa é de que neste primeiro ano sejam vacinadas 24.211
crianças nesta faixa etária.
Mas não é só o público infantil que deve se prevenir.
Pessoas até 49 anos que nunca se vacinaram contra hepatite B podem procurar as
unidades de saúde municipais. A vacina é aplicada em três doses. A segunda é
aplicada 30 dias após a primeira e, a última, seis meses após a primeira dose.
Cumprindo esse esquema, estará protegido para o resto da vida.
Quem tomou uma ou duas doses da vacina contra a hepatite B
deve procurar a unidade de saúde mais próxima da sua residência e completar o
esquema de três aplicações. Aquele que não tem como comprovar que foi vacinado
deve receber as três doses. Por isso, é importante manter em dia o Cartão de
Vacinação.
Diagnóstico
Segundo o coordenador do Programa Estadual de Hepatites
Virais, o infectologista Moacir Soprani, as hepatites B e a C são as mais
graves por evoluírem para formas crônicas. Mas ressalta que essas hepatites têm
tratamento e a eficácia da terapia está associada ao diagnóstico e ao grau de
acometimento em que se encontra o paciente. Por isso, quanto mais cedo for
descoberta, melhor.
Ele destaca que é importante fazer um dos testes de
diagnóstico que estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O acesso
aos testes e ao tratamento é realizado por meio das unidades de saúde
municipais. Soprani ressalta que os medicamentos usados para tratar a hepatite
B têm alta eficácia no controle da doença e aqueles usados no tratamento da
hepatite C permitem o alcance de uma taxa de cura em 40 a 80% dos casos.
Fique por dentro
Doença – As hepatites são infecções por vírus que acometem
principalmente o fígado causando inflamação. Elas são divididas nos tipos A, B,
C, D e E.
Transmissão – A transmissão ocorre por meio de água e
alimentos contaminados (tipos A e E), secreção ou sangue (B e C) e relação
sexual (mais comum na B). O tipo D da doença só é possível na presença do B e
não existe no Espírito Santo.
Sintomas – Apesar da diversidade, os sintomas, quando
existem, são semelhantes: cansaço, tontura, enjôo, febre, dor na região do
fígado, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites B e
C podem evoluir para cirrose hepática e câncer do fígado. Para se detalhar qual
é o tipo da doença, é preciso fazer exames específicos, ofertados nas unidades
de saúde municipais.
Gravidez – A hepatite B pode ser transmitida de mãe para
filho e, por isso, é importante realizar exames durante a gravidez.
Prevenção
– Não compartilhar agulhas, cortadores de unhas, alicates de
cutícula, escovas de dente, ou qualquer material que possa ter tido contato com
sangue ou secreção. Esses materiais devem ser de uso individual. Nos serviços
de manicure, por exemplo, os itens devem ser de uso pessoal, individual ou com
a garantia de que o material foi corretamente esterilizado.
– Usar preservativo nas relações sexuais.
– Se vacinar contra a hepatite B.
– Já a forma de contágio da hepatite A é fecal-oral, por
contato de pessoa a pessoa, ou por meio de água e alimentos contaminados. A
higiene das mãos ou na manipulação dos alimentos é a principal forma de
prevenção.
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